Em Maio chega ao ARTErra a cineasta Noe Kidder. KU’UIPO é o título de cuja curta-metragem esta cineasta nova-iorquina finalizará o guião no ARTErra. Com o objectivo de ser filmada a preto e branco em 16mm, conta a história de um homem de ascendência portuguesa e havaiana que, após cometer um homicídio, foge para a floresta. É aí que ele encontra uma reclusa que o ajuda a reconciliar com o passado. Enquanto análise dos conceitos de crime e punição na sociedade havaiana, o filme busca inspiração no cinema experimental de Werner Herzog, Maya Deren, John Cassavetes, Ousmane Sembène, Peter Greenway e de Apichtpong Weerasethakul.
“Porquê confiar num homem que vive no clandestino?
Eu sou o realizador. O quê? O realizador.
Porquê é que estás a viver num buraco clandestino?
É seguro
De quê?
Dos invasores, de ladrões, como tu.
Eu não sou um ladrão.
Deves ter feito algo de errado para te ter feito fugir do mundo.
Se calhar o Mundo fez algo a mim.
Que te aconteceu?
Ah, não me aconteceu nada.
Alguma coisa deve ter acontecido.
Nada realmente, nada de especial.
Não acredito em ti.
O que é que tu achas?
Eu penso que alguém tentou-te matar.
Talvez tenha sido eu a tentar matar-los!
Bem, é uma dessas coisas, não é?
Sim.
Não te vou perguntar qual.”
In May comes to ARTERRA filmmaker Noe Kidder. KU'UIPO is the title of whose short film. This New York-based filmmaker finalize the script in ARTERRA. With the porpuse to be filmed in black and white and 16mm, tells the story of a man with Portuguese and Hawaiian descent and that after commit a murder, flees into the forest. There he finds a recluse who helps reconcile with the past. While analysis of the concepts of crime and punishment in society Hawaiian, the film seeks inspiration in the experimental cinema of Werner Herzog, Maya Deren, John Cassavetes, Ousmane Sembene, Peter Greenway and Apichtpong Weerasethakul.
“Why trust a man that lives underground?
I'm the director. The what? The director.
Why are you living in a hole underground?
It's safe.
From what?
From invaders, from thieves, like you.
I'm not a thief.
You must have done something wrong to make you run away from the world.
Maybe the world did something to me.
What happened to you?
Ah, nothing happened to me.
Something must have happened.
Not really, nothing special.
I don't believe you.
What do you think?
I think someone tried to kill you.
Maybe I tried to kill them!
Well, it's one of those things, isn't it?
Yes.
I won't ask which.”